Fundos Imobiliários (FIIs): Tijolo, Papel e Híbridos

Atualizado em 19/02/2024 as 12:01
Tempo de leitura: 5min aprox.

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Com a crescente popularidade dos Fundos Imobiliários no Brasil, muitos investidores buscam compreender as nuances e diferenças entre os tipos disponíveis: tijolo, papel e híbridos. Este guia explora cada categoria, ajudando você a fazer escolhas informadas para diversificar seu portfólio de investimentos.

Fundos Imobiliários representam uma alternativa atraente para quem deseja investir no setor imobiliário sem enfrentar a burocracia e os custos associados à compra direta de imóveis. Disponíveis na bolsa de valores, os FIIs são categorizados em três principais tipos: tijolo, papel e híbridos, cada um com suas peculiaridades de gestão e tipo de ativo em que investem.

O que são FIIs de “Tijolo”?

Os FIIs de “tijolo” investem diretamente em imóveis físicos, sejam eles comerciais ou residenciais. A geração de renda nesses fundos vem principalmente da locação dos imóveis, distribuída aos cotistas sob forma de dividendos. Estes fundos podem se especializar em diversos segmentos, como lajes corporativas, shoppings, galpões logísticos, hospitais, hotelaria e, menos comumente, imóveis residenciais.

FIIs de “Papel”

Diferentemente dos FIIs de “tijolo”, os de “papel” investem em títulos relacionados ao mercado imobiliário, como Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Letras Hipotecárias (LHs). Essa categoria permite aos investidores se expor ao setor imobiliário através de recebíveis, sem possuir imóveis físicos em seu patrimônio.

FIIs Híbridos

Os FIIs híbridos combinam características dos FIIs de “tijolo” e “papel”, investindo tanto em imóveis físicos quanto em títulos imobiliários. Esta abordagem proporciona ao gestor do fundo uma maior flexibilidade para ajustar o portfólio de acordo com as condições de mercado, buscando otimizar os retornos para os cotistas.

Principais Diferenças e Gestão

A gestão ativa é um fator distintivo entre os tipos de investimentos. Nos FIIs de “tijolo”, a gestão tende a ser mais passiva, focada no monitoramento dos imóveis e contratos de locação. Já nos FIIs de “papel”, há uma gestão um pouco mais ativa devido à seleção e ao monitoramento dos títulos imobiliários. Nos híbridos, a gestão ativa é mais pronunciada, com o gestor decidindo a alocação entre imóveis e recebíveis baseado nas condições de mercado.

Vantagens e Desvantagens

Cada tipo de fundo apresenta suas vantagens e desvantagens. Os FIIs de “tijolo” podem oferecer rendimentos crescentes com a valorização dos imóveis, mas exigem monitoramento atento do mercado. Os FIIs de “papel” proporcionam diversificação e, geralmente, maior liquidez, mas dependem da habilidade do gestor em selecionar os títulos. Os híbridos oferecem flexibilidade e diversificação, embora o investidor tenha menos controle direto sobre a composição do portfólio.

Como Investir em FIIs

Para investir em FIIs, é essencial conhecer seu perfil de investidor e objetivos financeiros, além de ter uma reserva de emergência já estabelecida. A escolha entre os tipos de FIIs deve considerar sua tolerância ao risco, expectativas de retorno e interesse em determinados segmentos do mercado imobiliário.

O primeiro passo é abrir conta em uma corretora de valores para acessar o mercado de fundos de investimentos. Avalie a política de investimento, liquidez, rendimento do dividendo e nível de risco dos fundos. Lembre-se, os rendimentos distribuídos são isentos de IR, mas há tributação sobre o lucro na venda das cotas.

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