A evolução do mercado de locação e as tendências para 2019
Kenlo
Conteúdo criado por humano
01 jan, 19 | Leitura: 13min
Atualizado em: 26/04/2021
Kenlo
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01 jan, 19 | Leitura: 13min
Atualizado em: 26/04/2021
Não é segredo para ninguém, seja corretor ou imobiliária, que o aluguel de imóveis, quando bem trabalhado, pode segurar a onda até mesmo em tempos de maré baixa. Diante dessa realidade, entender melhor como se dá a evolução do mercado de locação, sobretudo em um ano estratégico como o de 2019, pode ser muito interessante!
Para que você consiga usufruir de tudo isso, que tal se informar um pouco sobre o panorama do segmento de locações no Brasil e como se comportou esse setor nos últimos anos? Ficou interessado? Então não deixe de conferir o conteúdo a seguir!
Antes de trazermos dados concretos sobre as moradias de aluguel no Brasil, é muito importante refletirmos sobre a cultura que reina por aqui: a busca constante pela casa própria. Nossa política dominante, desde a época da forte urbanização, é caracterizada pela difusão e valorização da propriedade privada em detrimento do aluguel.
Veja só: na década de 40, tivemos o incentivo da Fundação da Casa Popular; em seguida, entre a década de 60 e 80, o Sistema Financeiro da Habitação e o crescimento do crédito — mesmo apesar da forte crise dos anos 80 —; e em 2009, a atuação do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Tais programas trouxeram para a população a crença de que o sucesso está no imóvel próprio: ter onde viver, poder modificar a estrutura da casa, ter uma carta na manga em caso de aperto financeiro.
Cenário muito diferente dos países desenvolvidos. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, em 2010, 32% das casas eram alugadas. Já na Holanda, 46%. Enquanto que no Brasil, no mesmo período, a taxa era de, aproximadamente, 19%.
Segundo estatísticas do “Censos Demográficos”, houve uma crescente dos aluguéis entre 1940 e 1960, época da forte urbanização e explosão demográfica. Entre 1960 e 2000, esse índice caiu drasticamente (de 27,61% para 14,29%), época das políticas de financiamento e crédito para imóveis próprios. Já em 2010, isso mudou! As taxas de aluguéis subiram para 18,32%.
De 2010 para cá, o índice de famílias que procuram por apartamentos e/ou casas alugadas só cresceu. Isso se deve a vários fatores, dentre eles, em regiões metropolitanas, o custo do transporte fez com que as pessoas buscassem moradia perto dos locais de trabalho ou estudo.
Além disso, as casas para locação começaram a apresentar melhores condições em termos de infraestrutura: por exemplo, a Lei do Inquilinato foi melhorada, proporcionando menos risco para o locador, dentre outros fatores. Enfim, diversos fatores socioeconômicos contribuíram para a evolução do mercado de aluguel no Brasil. Por isso, é importante ficar de olho.
Com a perspectiva de melhora na economia, que já se refletiu na alta valorização da bolsa de valores no mês de janeiro, a tendência é que o mercado imobiliário apresente números muito positivos no ano de 2019. Além disso, o interesse por aluguel, por sua praticidade e valores mais baixos, deve permanecer maior que o interesse pela compra.
Bancos e instituições financeiras devem aumentar o acesso ao crédito e aos financiamentos, uma vez que já estamos deixando para trás os tempos de crise e a instabilidade dos empregadores, o que levou as pessoas a segurarem a mão nos gastos e optarem por não se envolver em dívidas longas de financiamento.
Você pode até não saber ao certo o que é isso, mas o fato é que o aumento no número de cohousing é uma das principais tendências do mercado imobiliário para este ano. Esse fenômeno pode ser encarado como uma resposta ao aumento acelerado da densidade demográfica nas grandes cidades, além da elevação dos preços de locação.
Essa realidade faz com que boa parte das pessoas tenha dificuldades em arcar com os valores de aluguel de uma unidade bem localizada ou que conte com diferenciais importantes para a sua qualidade de vida. Dessa maneira, minimizar espaços e aproveitá-los ao máximo tornou-se algo simplesmente imprescindível.
O compartilhamento de ambientes passa a ser uma situação cotidiana nos espaços urbanos em todo o planeta, como uma forma de viver mais acessível e descomplicada. Pessoas que têm necessidades parecidas ou anseios e demandas similares, em vez de pagaram tudo sozinhas, simplesmente optam por partilhar o imóvel.
Essa é uma excelente alternativa, por exemplo, para jovens solteiros e empresários no início de sua vida profissional, que desejam morar em áreas centrais e mais próximas dos seus trabalhos. São perfis que preferem não desembolsar quantias muito altas para manter uma moradia particular, priorizando opções mais econômicas e acessíveis.
Vale fazer um adendo para o coworking, que se popularizou muito por conta das startups. Essa ideia reúne indivíduos que estejam a fim de trabalhar em um local inspirador e estruturado, mas sem precisar fazer um aporte elevado. Dessa maneira, os recursos poupados podem ser investidos em estratégias para alavancar a carreira.
Qualquer pessoa que atue em profissões que demandam um relacionamento com o cliente e ações de divulgação já percebeu que as formas mais eficazes de se fazer merchandising mudaram completamente nos últimos anos, especialmente por conta da popularização do acesso à internet e da explosão do uso de redes sociais.
Corretores autônomos e imobiliárias não tardaram a se adaptar a essa realidade e, muitas vezes, migraram recursos que eram utilizados para propagandas em jornais e revistas para a web. O fato é que, para quem deseja sobreviver nesse segmento e vencer a concorrência, fazer isso será cada vez mais imprescindível.
É preciso modernizar as ações percebendo alguns fatores: por exemplo, o Instagram é uma mídia que vem ganhando muito espaço no coração dos brasileiros e pode ser uma maneira de divulgar fotografias de empreendimentos residenciais novos, vídeos de unidades que estão à venda, chamadas para captar novos clientes e assim por diante.
As técnicas de produção de conteúdos no site oficial e em blogs também segue em alta, ajudando a atrair usuários, sobretudo os que já estejam em busca de uma propriedade para alugar ou que desejam locar as suas unidades. O uso de palavras-chave, para alavancar as buscas orgânicas no Google, também continua sendo essencial.
Você já deve ter percebido que a personalização de imóveis é uma tendência muito valorizada até mesmo fora do Brasil, isso reflete no conteúdo das revistas especializadas e nos programas de televisão, que mostram que pequenas reformas e adaptações podem mudar completamente a funcionalidade e o valor de uma propriedade.
Sendo assim, não é difícil compreender que os corretores e imobiliárias que desejam locar as casas e apartamentos da sua carteira precisam deixar essas unidades em sintonia com os usos e costumes que estão em voga na sociedade atual, podendo apresentar imóveis bastante diferentes — dependendo do local e da geração dos locadores.
O mercado imobiliário, portanto, precisa desenvolver conceitos de empreendimentos residenciais direcionados para cada público e modernizar os existentes, justamente para atender cada necessidade única. Isso não pode ser feito de qualquer jeito, demandando um estudo cultural da população e da evolução de valores.
Vale lembrar que isso não é feito mirando apenas os jovens, visto que os idosos já são parte muito importante da clientela em diversos segmentos. Para quem já está na terceira idade, diferenciais como localização privilegiada, acessibilidade, segurança, bem-estar e praticidade são simplesmente indispensáveis.
O estresse da rotina comum das grandes cidades também faz com que boa parte das pessoas busque por períodos bastante agradáveis em suas férias. Por isso mesmo, a busca por locação de temporada deve crescer ainda mais em 2019, especialmente por esse ser um momento de recuperação acelerada em nossa economia.
As casas de praia para aluguel, por exemplo, estão atraindo investimentos, visto que os proprietários, corretores autônomos e imobiliárias estão apostando na melhoria das suas características e adotando melhores estratégias de marketing. Algumas cidades turísticas brasileiras já estão com um imenso número de reservas.
A economia compartilhada também reforça esse fenômeno e atua em consonância com o propósito de aproveitar ao máximo cada unidade — mesmo pagando menos —, além de oferecer benefícios ambientais e comunitários por meio da otimização de recursos. Com a crescente aceitação deste tipo de acomodação, esse modelo aumentará bastante.
Corretores autônomos e imobiliárias que anseiam pelo sucesso, sobretudo em tempos tão modernos quanto os dias de hoje, não podem abrir mão de contar com as melhores soluções tecnológicas especializadas disponíveis para otimizar a gestão dos clientes e imóveis, que também oferecem mais segurança no mercado de locação e vendas.
Com um bom sistema de gestão, você pode ficar na frente dos seus concorrentes, centralizando todos os seus dados em um só local e aprimorando a sua gestão de contratos de aluguel. É uma maneira eficiente e inteligente de interpretar melhor os dados disponíveis, minimizar as chances de erros e evitar o retrabalho.
Depois de ler este conteúdo, você já está apto a compreender melhor como se dá a evolução do mercado de locação, estando apto a oferecer melhores serviços para os seus clientes e também captar propriedades que estejam em sintonia com as tendências que esse segmento deve apresentar nos próximos meses.
Agora que você viu que o aluguel é uma forte tendência para o ano de 2019 e compreendeu um pouco melhor como se dá a evolução do mercado de locação, que tal ampliar os seus conhecimentos sobre o mercado imobiliário? Confira as principais novidades desse segmento para os próximos anos!
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