Como se manter atualizado sobre o mercado imobiliário durante a pandemia?
Kenlo
Conteúdo criado por humano
11 maio, 20 | Leitura: 23min
Atualizado em: 15/04/2021
Kenlo
Conteúdo criado por humano
11 maio, 20 | Leitura: 23min
Atualizado em: 15/04/2021
A possível recessão do mercado após a pandemia causada pela Covid-19 está preocupando corretores e imobiliárias que, no momento atual de crise, deverão buscar formas de se reinventar no mercado. Mas, o que fazer durante a quarentena para reverter as quedas nas vendas e nos aluguéis?
É imprescindível informar-se diariamente sobre a economia, principalmente sobre o setor imobiliário, e pesquisar ações diferenciadas a fim de manter os clientes mais próximos. Com estratégias inovadoras, uso de tecnologia e um bom atendimento, será possível atrair locadores e compradores, mesmo que a longo prazo.
Pensando nisso, separamos algumas informações sobre o atual cenário e algumas sugestões de como atuar no mercado imobiliário mesmo durante a pandemia. Confira!
Cerca de 60% dos brasileiros estão em isolamento social, segundo dados da pesquisa feita pela empresa In Loco em parceria com a Universidade de São Paulo (USP). Esses números foram coletados por meio de 60 milhões de smartphones de brasileiros que possuem aplicativos com localização. A partir daí surge o questionamento: como as pessoas estão se sentindo dentro de suas casas nesse período de confinamento?
Geralmente, o isolamento pode desencadear três processos: euforia, tédio e tristeza. Na primeira semana em casa as pessoas aproveitam para fazer tudo o que gostam e para descansar, como se estivessem de férias. Depois de alguns dias chega o tédio e é preciso inventar maneiras de convívio mesmo à distância, chamando os vizinhos nas janelas para descontrair e realizando ligações de vídeo com amigos e familiares. Misturado a isso está o sentimento de tristeza, com os noticiários anunciando cada vez mais o aumento do número de pessoas infectadas pela Covid-19.
Para os mais ansiosos, há uma tendência de se sentirem mais angustiados. Desse modo, é indicado se afastar um pouco das más notícias e filtrar as informações recebidas, procurando se ocupar com as atividades rotineiras, com o trabalho ou mesmo com um hobby. É preciso cuidar-se para que o isolamento e as más notícias não gerem depressão.
As informações são absorvidas de maneira diferente por cada um. Algumas pessoas recebem as notícias de maneira mais tranquila, outras nem tanto. Dessa maneira, é imprescindível o apoio do grupo em que vivemos, pois eles nos ajudam a lidar com as mudanças, a compartilhar conhecimentos e a buscar equilíbrio e harmonia, para que todos tenham um bom convívio no mesmo espaço.
Para as pessoas que moram sozinhas, é fundamental que não transformem essa fase em sinônimo de abandono e solidão. É importante conectar-se a outros indivíduos por telefone ou virtualmente, assistir filmes, ler livros, jogar online, fazer uma faxina separando coisas a serem doadas ou jogadas fora, ou seja, manter-se sempre em atividade.
Na verdade, é fato que esse isolamento social é inédito na vida de muitas pessoas, mas há como transformar esse período difícil em momentos produtivos e positivos. Uma das alternativas é se atualizar profissionalmente, afinal, a internet está aí para garantir a amplitude de seu conhecimento. Se você estiver fazendo home office, aproveite para dedicar mais tempo ao trabalho.
O isolamento também fez com que as pessoas revissem hábitos e comportamentos já aprendidos, mas um pouco esquecidos. Entre eles está o de lavar as mãos constantemente e limpar e desinfetar todos os ambientes de casa, os locais onde costumam tocar mais vezes e limpar as compras antes de guardá-las.
O mercado imobiliário também sentiu os efeitos da pandemia depois de anos passando por momentos difíceis. Para 2020, era esperada uma recuperação do setor, com uma projeção de crescimento de 2,9%. Todavia, durante a quarentena as negociações de compra, venda e locação de imóveis tiveram uma queda substancial de 6%, só no mês de março.
Esse dado é proveniente do Painel do Mercado Imobiliário que a inGaia e, segundo os dados da empresa, a cultura do consumo por imóveis ainda depende consideravelmente das visitas presenciais para fechamento dos negócios e com o início das medidas de quarentena na 2ª quinzena de Março, estes volumes resultaram em quedas de 38%. Diante da imprevisibilidade deste cenário causado pela pandemia, a necessidade de inovação por parte dos players em oferecer alternativas de visitação dos imóveis, serão fundamentais para manutenção dos volumes de vendas do setor, como também, dos aluguel de imóveis.
As medidas de isolamento para evitar o contágio do novo coronavírus inviabilizaram não só a movimentação de pessoas nas ruas, mas reduziram também o valor de mercado de shoppings, das lajes corporativas e de alguns galpões. Mesmo os fundos imobiliários tiveram índices abaixo de 24,7%.
Com o fechamento temporário de empresas e estabelecimentos, os locatários terão dificuldades de encontrar compradores e inquilinos, até mesmo de manter os atuais. Os grandes empreendimentos que fornecem plantas para os setores produtivos também sofreram com a paralisação geral do mercado, inviabilizando os aluguéis e os ganhos dos proprietários.
Alguns shoppings, por exemplo, não cobrarão os aluguéis dos lojistas no período em que ficarão fechados. Mesmo assim, haverá aqueles com dificuldades de arcar com os gastos mesmo depois da retomada das atividades.
Com isso, o problema se arrasta e afeta outras áreas, com algumas empresas obrigadas a colocar seus funcionários para trabalharem home office ou até mesmo cortar o número de salas ocupadas visando a redução de gastos.
No entanto, um setor que está na contramão da pandemia é o de galpões logísticos. Eles são usados por empresas de e-commerce para despachar as compras dos clientes online que nesse período de confinamento só têm aumentado.
Os primeiros efeitos foram sentidos na Bolsa de Valores, com a grande volatilidade e, em seguida, o mercado de viagens com a redução de voos e quedas nas receitas. Consequentemente, o turismo e a hotelaria foram atingidos.
Outros setores que também sofreram com o impacto foram as atividades produtivas e as áreas que dependem de exportação e importação. Os insumos das cadeias produtivas passaram a ser limitados devido à redução das viagens e do período de quarentena implementado também nos diversos países que fornecem os materiais.
Algumas empresas que conseguem operar remotamente têm incentivado seus funcionários a trabalhar em casa. No entanto, há aquelas que funcionam apenas de maneira presencial, como é o caso de uma indústria de calçados. Já os comércios estão fechados ou trabalhando com atendimento na porta ou entrada controlada, como no caso dos mercados.
O setor de serviços também precisou fechar alguns de seus estabelecimentos, como os salões de beleza. Todos os eventos, corporativos ou não, precisaram ser cancelados ou adiados, assim como os jogos de futebol, basquete, dentre outros, que estão com suas arquibancadas vazias e campeonatos suspensos. Até mesmo, o carnaval de Veneza foi cancelado.
Tudo isso gerou uma queda no consumo, diminuição de receitas e redução, ou mesmo paralisação, das atividades de muitas empresas, algumas obrigadas a dispensar seus funcionários por falta de capital. Assim, com toda essa dificuldade produtiva e com a diminuição das demandas dos diversos setores, muitos investidores não sentem segurança de fazer seus aportes.
Perante essa situação de incertezas, a população está poupando seus recursos ao invés de gastar. Essa atitude gera uma preocupação em relação ao endividamento das organizações e suas capacidades de honrar seus compromissos ou necessitarem de empréstimos para manterem-se abertas. Se elas não conseguirem operar, o impacto poderá chegar aos bancos prejudicando o sistema financeiro.
Há uma estimativa de que o mercado brasileiro terá uma retração de 1,96% do seu Produto Interno Bruto ainda em 2020, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central. Outra informação é de que o dólar vem sinalizando um aumento e já obteve valor de R$ 5,30. A Bovespa acumulou queda de 40% e as organizações listadas na Bolsa tiveram prejuízo de R$ 1,1 trilhão em valor de mercado, isso somente no mês de março. A certeza é que o efeito negativo não para por aqui, já que a estimativa é o aumento desses índices até o final do ano.
A cada dia que passa vemos que a pandemia provocou uma mudança de cultura e de relacionamento entre as pessoas. Os canais de comunicação se tornaram virtuais, promovendo menos obrigação presencial e mais necessidade de estar online, principalmente entre profissionais, clientes e parceiros.
Desse modo, os lares se transformaram em ambientes de trabalho onde é essencial saber conciliar as obrigações com a família enquanto se trabalha. Nessas condições, é importante saber como gerir o tempo e aprender ferramentas que auxiliem nas atividades digitais. O mercado já vinha passando por essas modificações, mas agora os novos hábitos se tornaram obrigatórios. Não só os sistemas de trabalho são modificados, mas também o comportamento dos consumidores.
Diante desse cenário, é preciso agir com estratégia a fim de chamar a atenção dos clientes de diversas maneiras. As imobiliárias e, principalmente, os corretores, podem oferecer apoio, esclarecimento de dúvidas, demonstrar empatia, ajudar com o processo de documentação e tantas outras ações. Veja, a seguir, algumas das possíveis ações a serem feitas nesse período.
A inGaia, por exemplo, antes do novo coronavírus começou a fazer uma série de palestras por algumas cidades, abordando temas de como a tecnologia pode auxiliar o processo de trabalho. Com a doença avançando no Brasil, esses workshops foram cancelados e transformados em lives para a internet. A programação então partiu do zero, utilizando-se dos mesmos palestrantes e convidando outros novos.
Em seguida, o evento online foi divulgado e contou com cinco mil inscritos. Com esse resultado, verificaram que estavam no caminho certo. O objetivo era criar conteúdo para diversos setores relacionados ao mercado imobiliário para ampliar o conhecimento dos aprendizes, dando a eles o poder da prática.
Além da expansão dos temas trabalhados, aumentou-se também a quantidade de profissionais interessados em assistir as palestras, que enfatizavam as maneiras de atuar no ambiente virtual. Um dos temas das lives foi sobre a importância e a qualidade de vídeos e fotos dos imóveis para enviar aos clientes por Whatsapp até a retomada das atividades. Inclusive, liberaram essa ferramenta gratuitamente no site dos clientes para os próximos três meses.O objetivo era mostrar aos corretores que, com boas ferramentas ao alcance, é possível realizar um trabalho diferente e inovador, além de proporcionar maior agilidade em suas tarefas e em sua rotina.
Outra questão discutida foi a necessidade de se fazer visitas físicas e quais etapas podem ser realizadas virtualmente. Com isso, é possível iniciar uma negociação a ser fechada após a pandemia, por exemplo. Ao todo foram criadas 33 lives, com 13 convidados externos e 20 de treinamento do sistema desenvolvido por eles, gerando 30 horas de conteúdo. E o resultado? Alto engajamento, além de muitos profissionais assistindo e fazendo perguntas durante as lives.
Essa programação permitiu surgir reflexões, conteúdos possíveis de serem abordados e novas práticas, além de promover a integração entre diretores, corretores, especialistas, palestrantes e convidados. Essa ação da inGaia deu tão certo que eles estão programando o segundo ciclo de palestras para 28 de abril de 2020, com mais informações e novos materiais.
Uma vez que seus consumidores estão podendo conhecer os imóveis somente via internet, os corretores devem se reinventar para apresentá-los e, para isso, a presença digital é muito relevante. Ela não apenas cria oportunidades como se torna mandatória nessa nova maneira de atuar no mercado, até porque não há prazo certo para o fim da doença. Dessa forma, é fundamental repensar o modelo de negócio frente ao uso da tecnologia. A verdade é que, após a pandemia, nada será como antes.
Logo, essas alterações vão abarcar as dinâmicas das empresas em todos os seus processos, proporcionando novas perspectivas de transações imobiliárias de compra, venda e locações, de tal forma que as documentações poderão ser registradas mediante certificado digital. Infelizmente, há um déficit dos corretores em ajudar os clientes no passo a passo de compra e venda de um imóvel, pois falta conhecimento dos trâmites burocráticos e práticos.
Por isso, para que os profissionais do setor imobiliário que atuam de forma mais antiga permaneçam no mercado, é muito importante se atualizar, aprendendo e entendendo como as ferramentas funcionam no processo de compra e venda. Com isso, será possível auxiliar os clientes da melhor forma e, assim, poder receber sua comissão. Embora alguns tenham dificuldades, o mais indicado é pesquisar como solucionar esse problema e, assim oferecer um atendimento mais qualificado, que reverterá em mais vendas e maiores lucros.
Quem não se adequar sofrerá com os problemas econômicos da pandemia, mas vale ressaltar que dentro dessa crise ainda existem pessoas querendo comprar, vender ou alugar um imóvel. Esse momento inusitado de confinamento está gerando uma nova mentalidade, um questionamento sobre a finalidade do imóvel para o comprador.
Nem sempre o apartamento que traz segurança é o mais viável para determinada pessoa. Pode ser que uma casa, por ter mais espaço, possa proporcionar dias de mais relaxamento, como fazer um churrasco e aproveitar o jardim e a área de lazer com a família durante o confinamento. São detalhes que modificam o mercado e que devem ser acompanhados para que se consiga atrair os clientes.
Comece fazendo a lição de casa. Retome o relacionamento com sua carteira de clientes, faça uma limpeza de quem é interessante ou não, busque outros novos consumidores e conquiste leads. Beba da fonte que o alimenta, procure saber tudo que está relacionado à sua profissão para ter repertório e argumento na hora da venda. Um bom relacionamento pode permitir negociações futuras.
Dessa maneira, como as lives estão na moda, assista a palestras, cursos, leia blogs do setor, ouça podcasts, veja as notícias para saber as novidades no que se refere a bancos e avisos do Governo. Há muito aprendizado gratuito na web. Lembre-se: informação é poder. Quando um profissional deseja crescer, se importa em aprender mais, encontra tempo para isso e, consequentemente, está à frente de muitos outros.
A inGaia, depois das lives, está preparando as versões em podcasts, que são os mesmos dos vídeo, como opção para quem não pode ficar focado na tela. Eles serão inseridos no canal do Spotify. Também estão sendo desenvolvidos vídeos menores a partir das lives, com dicas de até um minuto para serem usadas nas redes sociais. Eles estão disponíveis com todo conteúdo no Google Play e na Apple. Existe ainda um blog repleto de conteúdos pertinentes ao setor e para ajudar o público de maneira geral.
Diante de resultados tão positivos, o setor de Recursos Humanos da inGaia está transformando em lives um projeto que aborda temas corriqueiros, com assuntos do dia a dia, além de mostrar como a empresa está lidando com esse momento, como está cuidando de seus colaboradores e muito mais.
Existe um conjunto de boas práticas e medidas que devem ser aplicadas pelos corretores nesses dias de pandemia. Veja algumas delas!
Mostre compreensão e empatia quanto à questão financeira, já que vivemos em um período delicado. Se coloque como a pessoa que tem a solução, seja mais amigo e menos vendedor. Motive os clientes a investirem em algo que realmente seja bom e que não se arrependerão depois.
Atente a tudo, mesmo aos acontecimentos externos ao seu universo de corretor, pois a economia global está conectada. Analise também as tendências do seu mercado e as relacionadas a ele, já que esse será um assunto debatido por consumidores, vendedores e compradores.
Com a crise e a redução de dinheiro no mercado, é imprescindível que os corretores saibam tudo sobre financiamento, normativas dos bancos, rentabilidade de fundos de investimento e do mercado financeiro vigente.
Pode não parecer, mas, em um futuro próximo, o mercado imobiliário será um importante nicho de investimentos no Brasil. Afinal, ele proporciona segurança diante da queda de 50% da Bolsa de Valores. Ao comprar uma casa, por exemplo, pode ser que não haja liquidez ao tentar vender ou alugar em um curto prazo; porém, não haverá perda de dinheiro. Explicar para seus clientes como funciona o investimento em imóveis é essencial. Por esse motivo, é importante se especializar em assuntos como valorização e rentabilidade para, assim, ter sucesso por um longo tempo.
A manutenção dos posts é primordial para que seu trabalho não seja esquecido. Por isso, converse com seu público para descobrir e entender o que é relevante para ele. Encontre equilíbrio no conteúdo que postar. Você pode citar o coronavírus, mas seja suave e saiba dosar o tema.
Escolha um nicho para trabalhar e auxiliar. Crie conteúdos que tem domínio e que fazem parte do seu negócio. Ajude clientes, parceiros e o público neste momento de confinamento, a resolverem os problemas relacionados à sua área de atuação. Outra dica é não ser apelativo para vender. O objetivo é mostrar que você tem propriedade para falar do assunto e, assim, conquistar leads.
Aprenda e conheça os conceitos de topo, meio e fundo de funil de vendas para saber como conversar com cada tipo de público e, assim gerar leads, mesmo que isso não converta em vendas agora. Não se esqueça que o mercado voltará a se normalizar. Desenvolva textos que gerem diálogos com seus seguidores e que chamem a atenção dos novos. Como todos os negócios estão passando pela mesma fase, utilize da simpatia para construir um bom relacionamento.
Use as redes sociais como porta de entrada para se comunicar com seus clientes, mas tenha um contato personalizado por e-mail. Ofereça conteúdo em um canal e continue a conversa em outro para criar um relacionamento com seu cliente. Assim, saberá se ele já comprou um produto ou serviço seu e se você pode oferecer um novo item que o ajudará naquele instante.
Use os anúncios hiperlocais, direcionando para o público-alvo. Tenha cuidado com as regras, porque as redes sociais sempre sofrem alterações. Analise os dados para saber quem estaria disposto a conversar.
É muita coisa para aprender? Sim, mas é primordial para que você se mantenha no mercado. Mudar hábitos, processos e estratégias não é fácil. Sendo assim, avalie como se manter atualizado para auxiliar mais pessoas e continuar trabalhando.
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