Preços de imóveis poderá aumentar no ano de 2024

Atualizado em 03/01/2024 as 13:21
Tempo de leitura: 5min aprox.

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Navegue pelas expectativas e projeções para os preços dos imóveis em 2024, entendendo como fatores econômicos e políticos podem afetar seu investimento e moradia.

O mercado imobiliário está em constante evolução, e 2024 promete não ser diferente. Após um período de desaceleração em 2023, as previsões para o próximo ano sugerem um panorama desafiador, porém com oportunidades para quem souber navegar nas tendências e adaptar-se às novas realidades. Este artigo se propõe a desvendar essas tendências, com um olhar atento sobre o preço dos imóveis e os diversos fatores que influenciarão o setor.

Em 2023, o setor de construção civil no Brasil enfrentou desafios significativos. A atividade do setor desacelerou, com uma revisão das projeções iniciais de crescimento de 2,5% para 1,5% e, posteriormente, para uma queda de 0,5%. Este declínio foi marcado por uma queda de 3,8% no PIB da construção no terceiro trimestre do ano, o pior resultado desde 2020.

Esses desafios vieram de múltiplas frentes: o impacto dos juros altos, a escassez de estoque, e os custos elevados. O cenário foi agravado pelo fim da desoneração, resultando no encarecimento da mão de obra. O fraco desempenho econômico, agravado pelas altas taxas de juros e pelo término do ciclo de pequenas obras e reformas, também influenciou negativamente. Por outro lado, as obras de infraestrutura apresentaram um ponto positivo, amenizando o impacto negativo.

Apesar desse cenário, o setor ainda conseguiu criar 254 mil novas vagas nos primeiros dez meses do ano, marcando um aumento de quase 30% na contratação de profissionais. São Paulo destacou-se como líder na geração de empregos no setor, evidenciando a resiliência e a capacidade de adaptação da indústria.

No entanto, há preocupações para 2024. A possibilidade de queda no percentual de empregos gerados devido ao fim da desoneração da folha de pagamentos é um ponto de atenção. O Custo Unitário Básico (CUB) tem sido utilizado como um mecanismo de reajuste de preços e indica que, em estados em crescimento imobiliário como Goiás, o custo com mão de obra pode subir significativamente.

Neste contexto, a projeção para o preço dos imóveis é de aumento acima da inflação. A baixa oferta no mercado e os custos elevados são fatores-chave para essa expectativa. Além disso, o atual presidente do Brasil vetou a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia, incluindo a construção civil, o que pode levar a uma maior pressão sobre os custos e, consequentemente, os preços dos imóveis.

O financiamento da construção também enfrentou desafios em 2023. A poupança, uma tradicional fonte de financiamento do setor, registrou perdas significativas devido à alta taxa de juros, afetando o número de unidades financiadas. Por outro lado, o financiamento com recursos do FGTS aumentou, mostrando uma tendência de adaptação às novas condições de mercado.

Para 2024, a CBIC projeta um crescimento de 1,3%, baseando-se na expectativa de contínuas reduções na taxa de juros e em um novo ciclo de lançamentos imobiliários. No entanto, desafios como o ritmo mais lento de crescimento da economia, baixos investimentos, e o endividamento das famílias permanecem como barreiras a serem superadas.

Em resumo, o mercado imobiliário em 2024 será moldado por uma combinação de fatores econômicos, políticos e sociais. A dinâmica de preços, o financiamento do setor, e as condições de emprego serão cruciais para entender e navegar neste mercado. 

Neste ano, o sucesso virá da capacidade de entender essas tendências e adaptar-se a elas, mantendo o foco em oferecer um atendimento personalizado e eficiente, e estando sempre um passo à frente nas estratégias de mercado. Este é o caminho para não apenas sobreviver, mas prosperar no mercado imobiliário de 2024.

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