Entenda a diferença entre corretor e consultor de imóveis
Kenlo
Conteúdo criado por humano
08 mar, 21 | Leitura: 12min
Atualizado em: 31/12/2021
Kenlo
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08 mar, 21 | Leitura: 12min
Atualizado em: 31/12/2021
O setor imobiliário cresceu muito nos últimos tempos. Para o ano de 2021, as vendas e os lançamentos de imóveis residenciais brasileiros devem crescer 35%, conforme a estimativa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Diante disso, surgem novas figuras, como o consultor imobiliário, e novas funções para atender às demandas desse mercado.
Assim, muitas pessoas confundem a atuação do corretor e do consultor de imóveis que, apesar de terem algumas funções parecidas, têm trabalhos bem diferentes. Se você acha que essa definição é apenas um sinônimo para o corretor de imóveis, saiba que está muito enganado!
Então, para deixar clara a diferença entre eles, preparamos este artigo exclusivo para você! Ficou curioso? Leia o post até o fim e entenda como ambos trabalham!
O corretor é o profissional com o qual estamos acostumados a lidar quando queremos adquirir um imóvel. Portanto, antes de falar um pouco sobre o que faz o consultor, queremos reforçar primeiro qual é o papel do corretor.
Se for para resumir a função de um corretor, podemos dizer que ele é o responsável por prospectar novos imóveis e possíveis compradores para eles. Ou seja, é um profissional extremamente ligado à parte prática do mercado imobiliário.
As características que são exigidas para esse profissional envolvem a negociação, o relacionamento com os clientes e, principalmente, o domínio sobre as técnicas e as etapas de tudo que se relaciona com transação imobiliária.
Além disso, é de sua responsabilidade dar toda a assistência que for preciso para as visitas dos clientes aos imóveis, saber avaliá-los, analisar a sua localização, bem como a arquitetura e todos seus pontos fortes. Também, cuidar de algumas demandas mais burocráticas, tais como as certidões e os contratos.
Para se tornar um corretor de imóveis, você precisa ter mais de 18 anos, finalizado o Ensino Médio e ter feito um curso superior de tecnólogo em gestão imobiliária ou técnico de transações imobiliárias. O conhecido TTI é profissionalizante e tem duração de quatro meses a um ano e meio. Esse tempo é definido devido à escolha da modalidade do curso, sendo ela presencial, semi-presencial ou online.
Nele, os alunos aprendem sobre matemática financeira, noções de arquitetura e aspectos jurídicos. Enquanto estiverem realizando o curso, os candidatos já podem fazer estágios para colocar em prática o que estão aprendendo.
Assim, ao concluir a formação com o estágio supervisionado, os novos técnicos em transações imobiliárias deverão ir até o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (CRECI) de sua cidade. Lá, devem entregar os documentos solicitados pelo órgão, pagar as taxas necessárias e solicitar a carteira com o registro de inscrição profissional.
A entrega da carteira profissional, que deverá ser atualizada anualmente, é feita em uma solenidade organizada no Conselho. Também será entregue o código de ética da profissão. A partir desse momento, o corretor de imóveis estará apto a atuar no mercado, intermediando negociações imobiliárias, e poderá se qualificar em outras especialidades referentes ao seu setor.
Além de apresentar os requisitos técnicos, financeiros e legais, um bom corretor deve reunir outros aspectos importantes para a profissão como:
O corretor precisa trabalhar muito, pois ele não tem salário fixo. Sua remuneração é baseada nas comissões sobre as vendas e a locação de imóveis. Existe um Projeto de Lei 6497/13, que inclusive foi arquivado na Câmara dos Deputados, propondo um piso salarial de R$950,00 aos profissionais, para uma jornada de 40 horas.
Desse modo, a remuneração deles depende do volume de negócios fechados, dos valores dos imóveis e das regiões em que estão trabalhando. Com essas variáveis, a renda do corretor oscila muito. No entanto, a média salarial nacional é de aproximadamente R$ 1.868,82 conforme a experiência do profissional e o porte da imobiliária em que trabalha.
Outra variável que influencia, também, é a tabela de honorários de transações imobiliárias e demais serviços. Ela é estipulada pelo CRECI, de acordo com o estado brasileiro. Por exemplo, em São Paulo, a compra e venda de áreas urbanas permite uma comissão de 6% a 8% sobre o valor das vendas. Já nas áreas rurais, ela sobe para 10%.
No caso de locações, para o recebimento do aluguel e administração do imóvel, a comissão é de 10% mensais. Se o imóvel for alugado por temporada, o mínimo é de 30%. Os corretores ou imobiliárias também podem fazer a administração dos condomínios cobrando de 5% a 10% sobre o valor recebido no mês. Agora, em uma negociação, se houver a participação de dois corretores, sendo eles pessoas físicas ou jurídicas, a corretagem serão partes iguais para cada um, conforme acordo.
Lembre-se de que você pode optar por trabalhar como pessoa física ou jurídica. Caso tenha que emitir nota fiscal, deverá realizar o cadastro na Prefeitura da sua cidade e pagar as devidas taxas. No entanto, é preciso avaliar o cálculo tributário, porque a pessoa jurídica no Simples Nacional paga uma alíquota de 6%, enquanto a física pode chegar a pagar mais de 40%.
O consultor de imóveis é responsável pela parte mais teórica que envolve a dinâmica desse mercado. Entre as suas responsabilidades estão pesquisar imóveis e tendências, assim como analisar e estimar quais são as oportunidades do mercado imobiliário.
Em outras palavras, ele é o profissional com condições de dizer se o momento é favorável ou não para fazer uma transação imobiliária, ou seja, comprar ou vender qualquer tipo de imóvel. Podemos dizer que a sua visão é bem mais abrangente e externa, quando comparada com o que é exigido de um corretor de imóveis.
Portanto, o consultor imobiliário precisa saber fazer previsões de médio e longo prazo para que seus diagnósticos consigam orientar seus clientes da melhor maneira possível. Diante disso, demandará muita pesquisa e conhecimento sobre uma região para que possa detalhar sua análise no relatório.
O consultor oferece as melhores soluções, mostrando os pontos altos e baixos do empreendimento e dá mais de uma sugestão para garantir a credibilidade e a confiança, reforçando, assim, o seu conhecimento técnico. Um exemplo é a elaboração de uma análise para uma construtora, diagnosticando se é um bom momento para construir em uma região ou não e apresentando outras alternativas.
As habilidades que são necessárias para esse tipo de profissional estão muito mais ligadas à parte estratégica e lógica. Afinal, a sua principal entrega é a consultoria para construtoras, imobiliárias, corretores e clientes.
Porém, é preciso ter o dom da negociação, se comportar de maneira coerente para gerar confiança, falar de forma clara e com transparência para conquistar a atenção do cliente. A oratória é muito importante nas negociações.
É uma profissão que exige muita dedicação, pois o consultor de imóveis precisa dominar o processo de compra, venda e locação para tirar todas as dúvidas dos clientes ao longo do processo de vendas. Mas, para ter tal conhecimento, o candidato a essa profissão precisa ter formação superior em administração, direito ou engenharia civil, com especialização em Gestão de Negócios Imobiliários.
Nos cursos, vai aprender sobre matemática financeira, direito e legislação, economia e mercado, vendas e marketing, planejamento, negócios, avaliação e demais assuntos relativos ao trabalho dele. Para trabalhar nesse mercado, será preciso investir tempo e dinheiro em diversos cursos de especialização que embasam sua atuação na área com credibilidade.
Afinal, o consultor de imóveis busca soluções e análises aprofundadas, visando a resolução dos problemas dos clientes. Assim, sua visão tem que ser estratégica para obter seu espaço e gerar confiança.
Mais uma diferença em relação ao corretor é referente à autorização para exercer a função no CRECI. O corretor precisa do registro, mas o consultor não.
Inclusive, há averiguações de pessoas que começam como consultores para burlarem essa exigência. Isso é considerado crime, se comprovado, por exercer a profissão de maneira ilegal. Caso tenha alguma dúvida, pode entrar em contato com o órgão competente para mais informações.
Não muito diferente do corretor de imóveis, o consultor tem um salário fixo, na média de R$ 1.868,82 podendo chegar a R$ 3.900,00, de acordo com sua experiência e para 43 horas semanais trabalhadas, segundo levantamento do site salario.com.br. Ou, então, pode receber por hora, dependendo de como o seu serviço é prestado.
Ainda, negocia um valor fixo por projeto ou tarefa, independentemente do tempo que levará para concluir essa demanda. É muito comum, também, que empresas o contratem para prestar serviço de consultoria na imobiliária.
Como pode perceber, para ser corretor ou consultor de imóveis, há um percurso a ser seguido, já que ambos têm responsabilidades diferentes. É uma profissão que demanda muito estudo e pesquisa devido às mudanças do mercado, que são constantes. Mas trabalhando com ética, seriedade e conhecimento, inúmeras oportunidades surgem.
Agora que você já sabe a diferença entre corretor e consultor de imóveis, assine nossa newsletter para ficar por dentro de tudo o que diz respeito à tecnologia para o mercado imobiliário!
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